31 de mar. de 2012

Palavra de vida - Abril 2012

 

Palavra de Vida

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


                    Fizemos a maior parte do nosso caminho penitencial da Quaresma iluminados e estimulados a ter atitudes de fraternidade no mundo da saúde pública em especial, conforme nos orientou a CNBB. A mensagem de Sua Santidade, o Papa Bento XVI para a Quaresma de 2012, nasceu de uma Palavra da Carta aos Hebreus: “Estejamos atentos uns aos outros para nos incentivar ao amor fraterno e às boas obras (Hb 10,24). A certa altura da referida mensagem, o Papa diz: a atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual... Lembra que a Sagrada Escritura adverte sobre o perigo de se ter o coração endurecido por uma espécie de “anestesia espiritual”, que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. Mais à frente, diz: “Sempre devemos ser capazes de “ter misericórdia” por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao lado do pobre.” O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio, não a compreende” (Prov. 29,7) .
                  A esta altura da sua mensagem, o Papa nos leva ao Evangelho escrito por São Mateus e nos convida a ler com ele uma das bem-aventuranças do Sermão da Montanha: 
  

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


Bento XVI lembra, então, a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37). Não se sabe se o
Bom Samaritano verteu lágrimas. O que se conhece da parábola é que se comoveu com o
sofrimento do homem assaltado e ferido que ele encontrou dentro da noite na estrada que
ia de Jerusalém a Jericó. A emoção levou-o a abrir o coração às suas necessidades e o
ajudou concretamente. Seus gestos de misericórdia deixaram o samaritano muito
consolado.

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


               O que mais leva um homem de Deus, uma mulher de Deus a sofrer com lágrimas ou sem lágrimas, é o desmoronamento dos valores espirituais e dos valores morais numa pessoa, numa família, ou pior, numa sociedade. Jesus se comoveu diante da mulher que os fariseus queriam apedrejar por ter sido encontrada adulterando publicamente (Jo 8,1-11).
            Também quando na Casa do Fariseu Simão, participava de uma refeição e entrou ali uma mulher pecadora pública e foi lavar os pés empoeirados do Senhor com as suas lágrimas, Jesus deu-lhe o consolo da atenção e do perdão (Lc 7,36-50). Jesus ficou comovido, chorou interiormente, quando homens amigos de um paralítico desceram pelo teto da casa em que estava pregando. Jesus consolou-o com o perdão dos seus pecados e a cura do seu corpo enrijecido (Lc 5,17-36).

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


           Jesus, na tarde do 1º Domingo da história, foi ao encontro de dois de seus discípulos que voltavam tristes para a sua aldeia de Emaús. Consolou-os com a sua companhia, com as explicações que dava às decepções deles, com Palavras das Sagradas Escrituras e, por fim, dando-lhes o maior consolo, quando se deu a conhecer ao partir do pão.

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


             Durante 40 dias após a sua Ressurreição, Jesus foi ao encontro dos apóstolos e de diversos discípulos, em várias ocasiões, para tirá-los da solidão, dando-lhes a certeza de que havia ressuscitado, e que estaria com eles todos os dias, até o fim dos tempos. A companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado é a nossa maior consolação. Vamos percebê-la na fé e no amor. Vamos ao encontro de todos os polens, jovens, casais, convidando-os para o Retiro Espiritual da sua etapa.

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


            Vamos ao encontro dos jovens que Deus nos quer confiar no Retiro Básico de 31 de agosto a 2 de setembro. Vamos ao seu encontro, com os mesmos sentimentos que Jesus tinha no seu coração quando foi ao encontro dos discípulos de Emaús que estavam se distanciando da Comunidade dos Apóstolos. Consolemo-nos uns aos outros na família, no Movimento, onde estivermos no Tempo da Páscoa. Assim, aprende-se melhor o exemplo do Bom Samaritano que é Jesus, o Filho de Deus, que veio do Céu para aliviar e curar nossas enfermidades do corpo e as nossas enfermidades da alma.

“Felizes os que choram porque serão consolados” (Mt 5,4).


Pe. Pedro Adolino Martendal
Diretor Espiritual do Movimento Pólen 

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